Quando eu estava sendo transferido naquela manhã, tive um sentimento inexplicável comparado há uma perda muito grande. Fiquei meio confuso, preocupado com os companheiros que tinham ficado e comigo que não sabia para onde estava indo. Quando sai abracei um a um quase chorei, sofri. Que loucura!
O carro parecia uma Fiorino velha enferrujada e cheia de buraquinhos. Lembro bem dos buraquinhos. Tinha quatro pessoas dentro daquele carro, e cada um procurava um buraquinho para ver a rua, lembrava aqueles insetos que desesperadamente procuram luz, supondo ser uma saída. Assim a gente disputava o melhor espaço ou o melhor buraco. E numa olhada dessas, vi o Restaurante do meu tio, na entrada da cidade de Papucaia a onde tudo começou, e repentinamente toda a historia que eu vivi naquele lugar saltou a minha boca, eu agora não entendo o porquê, mas queria mostrar para o meu companheiro de viagem o que estava vendo, e compartilhar tudo que eu vivi ali. Sem olhar para o lado de uma forma compulsiva falei meia dúzia de palavras até que olhei. E ele estava vomitando tudo o que podia.
Parei de falar e no decorrer da viagem achei melhor nem comentar, ele não acreditaria. É pensando bem agora ele não acreditaria mais amanhã eu vou contar essa história.
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